Vergílio Ferreira: diferenças entre revisões

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[[w:Vergílio Ferreira|'''Vergílio''' António '''Ferreira''']] ''([[28 de janeiro]] de [[1916]] - [[1 de março]] de [[1996]]). Professor e escritor português.''
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*"Quanto maior se é, mais repetido se é. [[Platão]], [[Aristóteles]], [[Kant]], quantos outros. Ainda se não calaram nos que deles falaram. E é possível que só se calem quando a espécie humana se calar".

*"Há os [[Livro|livros]] que antes de lidos já estão lidos. Há os que se lêem todos e ficam logo lidos todos. E há os que nos regateiam a leitura e que pedimos humildemente que se deixem ler todos e não deixam e vão largando uma parte de si pelas gerações e jamais se deixam ler de uma vez para sempre."


*"Como em [[jogo]] de cabra-cega, em que há seres à nossa volta, a pergunta orienta-se entre os que lhe não pertencem até achar o que procura."
*"Como em [[jogo]] de cabra-cega, em que há seres à nossa volta, a pergunta orienta-se entre os que lhe não pertencem até achar o que procura."
:- ''"Invocação ao meu corpo: ensaio, com um Post-Scriptum sobre a revolução estudantil" - página 20, Por Vergílio Ferreira, Publicado por Portugália Editora, 1969, 406 páginas''
:- ''"Invocação ao meu corpo: ensaio, com um Post-Scriptum sobre a revolução estudantil" - página 20, Por Vergílio Ferreira, Publicado por Portugália Editora, 1969, 406 páginas''


*"O grande [[sonho]] de todo o [[escritor]] - se o tiver - será o de nunca encontrar o leitor «ideal». Porque se o encontrasse, a sua obra morreria aí. Cada leitor, com efeito, recria a obra que lê; e a perpetuidade de uma obra significará a sua perpétua recriação."
*"O grande [[sonho]] de todo o [[escritor]] - se o tiver - será o de nunca encontrar o leitor «ideal». Porque se o encontrasse, a sua [[obra]] morreria aí. Cada leitor, com efeito, recria a obra que lê; e a perpetuidade de uma obra significará a sua perpétua recriação."
:- ''"Um escritor apresenta-se" - página 79, Por Vergílio Ferreira, Maria da Glória Padrão, Colaborador Maria da Glória Padrão, Publicado por Imprensa Nacional, Casa da Moeda, 1981 456 páginas''
:- ''"Um escritor apresenta-se" - página 79, Por Vergílio Ferreira, Maria da Glória Padrão, Colaborador Maria da Glória Padrão, Publicado por Imprensa Nacional, Casa da Moeda, 1981 456 páginas''


*"Os dois grandes monumentos do [[romance]] que o [[século]] passado (XIX) nos legou, ou seja aqueles em que poderemos reconhecer-nos, foram os erguidos por [[Tolstoi]] e por [[Dostoievski]]. Mas se a lição do primeiro foi facilmente assimilada, a do segundo levou [[tempo]] - e tanto, que só hoje acabamos de entendê-la bem."
*"Quando se apanha um mentiroso, ele pode perguntar-nos: "e o que é [[verdade]]?" E o mais provável é termos de o deixar seguir".
::- ''Vergílio Ferreira, in 'Situação Actual do Romance', Março 1964

==Obras==

===Escrever===

*"Quanto maior se é, mais repetido se é. [[Platão]], [[Aristóteles]], [[Kant]], quantos outros. Ainda se não calaram nos que deles falaram. E é possível que só se calem quando a espécie humana se calar".
::- ''Escrever‎ - Página 30, Vergílio Ferreira - Bertrand Editora, 2001, 4a. ed., ISBN 9722512056, 9789722512053 - 280 páginas

*"Há os [[Livro|livros]] que antes de lidos já estão lidos. Há os que se lêem todos e ficam logo lidos todos. E há os que nos regateiam a leitura e que pedimos humildemente que se deixem ler todos e não deixam e vão largando uma parte de si pelas gerações e jamais se deixam ler de uma vez para sempre."
::- ''Escrever‎ - Página 58, Vergílio Ferreira - Bertrand Editora, 2001, 4a. ed., ISBN 9722512056, 9789722512053 - 280 páginas

*"Quando se apanha um [[mentira|mentiroso]], ele pode perguntar-nos: "e o que é [[verdade]]?" E o mais provável é termos de o deixar seguir".
::- ''Escrever‎ - Página 34, Vergílio Ferreira - Bertrand Editora, 2001, ISBN 9722512056, 9789722512053 - 280 páginas
::- ''Escrever‎ - Página 34, Vergílio Ferreira - Bertrand Editora, 2001, ISBN 9722512056, 9789722512053 - 280 páginas

*"De vez em quando a [[eternidade]] sai do teu interior e a contingência substitui-a com o seu [[pânico]]. São os [[amigo]]s e conhecidos que vão desaparecendo e deixam um vazio irrespirável. Não é a sua 'falta' que falta, é o desmentido de que tu não morres".
::- ''Escrever‎ - Página 21, Vergílio Ferreira - Bertrand Editora, 2001, ISBN 9722512056, 9789722512053 - 280 páginas

===Pensar===


*"Não se pode verdadeiramente admirar senão quem está longe. Porque só a distância nos garante que não cheire mal da boca".
*"Não se pode verdadeiramente admirar senão quem está longe. Porque só a distância nos garante que não cheire mal da boca".
::- ''Pensar‎ - Página 344, Vergílio Ferreira - Bertrand Editora, 1992, ISBN 9722506706, 9789722506700, 3a. ed. - 373 páginas
::- ''Pensar‎ - Página 344, Vergílio Ferreira - Bertrand Editora, 1992, ISBN 9722506706, 9789722506700, 3a. ed. - 373 páginas


*"Há [[monumento]]s ao [[soldado]] desconhecido. Mas não há um só aos [[herói]]s a que não calhou poderem sê-lo."
*"De vez em quando a [[eternidade]] sai do teu interior e a contingência substitui-a com o seu pânico. São os [[amigo]]s e conhecidos que vão desaparecendo e deixam um vazio irrespirável. Não é a sua 'falta' que falta, é o desmentido de que tu não morres".
::- ''Escrever‎ - Página 21, Vergílio Ferreira - Bertrand Editora, 2001, ISBN 9722512056, 9789722512053 - 280 páginas
::- ''Pensar‎ - Página 160, Vergílio Ferreira - Bertrand Editora, 1992, ISBN 9722506706, 9789722506700, 3a. ed. - 373 páginas


*"O [[comunismo]] distingue-se fundamentalmente do [[fascismo]] porque foi o primeiro."
*"Os dois grandes monumentos do [[romance]] que o século passado (XIX) nos legou, ou seja aqueles em que poderemos reconhecer-nos, foram os erguidos por [[Tolstoi]] e por [[Dostoievski]]. Mas se a lição do primeiro foi facilmente assimilada, a do segundo levou [[tempo]] - e tanto, que só hoje acabamos de entendê-la bem."
::- ''Vergílio Ferreira, in 'Situação Actual do Romance', Março 1964
::- ''Pensar‎ - Página 264, Vergílio Ferreira - Bertrand Editora, 1992, ISBN 9722506706, 9789722506700, 3a. ed. - 373 páginas

===Conta-Corrente===


*"Somos um [[povo]] de [[analfabeto]]s. Destes há alguns que não sabem [[ler]]."
*"Somos um [[povo]] de [[analfabeto]]s. Destes há alguns que não sabem [[ler]]."
::- ''Conta-corrente, Volume 3‎ - Página 88, Vergílio Ferreira - Livraria Bertrand, 1981, 2a. ed. - 393 páginas
::- ''Conta-corrente, Volume 3‎ - Página 88, Vergílio Ferreira - Livraria Bertrand, 1981, 2a. ed. - 393 páginas

*"Há [[monumento]]s ao [[soldado]] desconhecido. Mas não há um só aos [[herói]]s a que não calhou poderem sê-lo."
::- ''Pensar‎ - Página 160, Vergílio Ferreira - Bertrand Editora, 1992, ISBN 9722506706, 9789722506700, 3a. ed. - 373 páginas


*""Há muitos monumentos ao «soldado desconhecido». Houve mesmo a invocação de um «Deus Desconhecido". Mas não há nenhum altar ao "santo desconhecido" ou uma referência ao "artista desconhecido"."
*""Há muitos monumentos ao «soldado desconhecido». Houve mesmo a invocação de um «Deus Desconhecido". Mas não há nenhum altar ao "santo desconhecido" ou uma referência ao "artista desconhecido"."
::- ''Conta-corrente (1980-1981), p. 168, Por Vergílio Ferreira, Publicado por Livraria Bertrand, 1981''
::- ''Conta-corrente (1980-1981), p. 168, Por Vergílio Ferreira, Publicado por Livraria Bertrand, 1981''

*"O [[comunismo]] distingue-se fundamentalmente do [[fascismo]] porque foi o primeiro."
::- ''Pensar‎ - Página 264, Vergílio Ferreira - Bertrand Editora, 1992, ISBN 9722506706, 9789722506700, 3a. ed. - 373 páginas


*"O [[amor]] [...] é uma longa [[paciência]]."
*"O [[amor]] [...] é uma longa [[paciência]]."

Revisão das 13h42min de 25 de janeiro de 2010

Vergílio Ferreira em outros projetos:

Vergílio António Ferreira (28 de janeiro de 1916 - 1 de março de 1996). Professor e escritor português.


  • "Como em jogo de cabra-cega, em que há seres à nossa volta, a pergunta orienta-se entre os que lhe não pertencem até achar o que procura."
- "Invocação ao meu corpo: ensaio, com um Post-Scriptum sobre a revolução estudantil" - página 20, Por Vergílio Ferreira, Publicado por Portugália Editora, 1969, 406 páginas
  • "O grande sonho de todo o escritor - se o tiver - será o de nunca encontrar o leitor «ideal». Porque se o encontrasse, a sua obra morreria aí. Cada leitor, com efeito, recria a obra que lê; e a perpetuidade de uma obra significará a sua perpétua recriação."
- "Um escritor apresenta-se" - página 79, Por Vergílio Ferreira, Maria da Glória Padrão, Colaborador Maria da Glória Padrão, Publicado por Imprensa Nacional, Casa da Moeda, 1981 456 páginas
  • "Os dois grandes monumentos do romance que o século passado (XIX) nos legou, ou seja aqueles em que poderemos reconhecer-nos, foram os erguidos por Tolstoi e por Dostoievski. Mas se a lição do primeiro foi facilmente assimilada, a do segundo levou tempo - e tanto, que só hoje acabamos de entendê-la bem."
- Vergílio Ferreira, in 'Situação Actual do Romance', Março 1964

Obras

Escrever

  • "Quanto maior se é, mais repetido se é. Platão, Aristóteles, Kant, quantos outros. Ainda se não calaram nos que deles falaram. E é possível que só se calem quando a espécie humana se calar".
- Escrever‎ - Página 30, Vergílio Ferreira - Bertrand Editora, 2001, 4a. ed., ISBN 9722512056, 9789722512053 - 280 páginas
  • "Há os livros que antes de lidos já estão lidos. Há os que se lêem todos e ficam logo lidos todos. E há os que nos regateiam a leitura e que pedimos humildemente que se deixem ler todos e não deixam e vão largando uma parte de si pelas gerações e jamais se deixam ler de uma vez para sempre."
- Escrever‎ - Página 58, Vergílio Ferreira - Bertrand Editora, 2001, 4a. ed., ISBN 9722512056, 9789722512053 - 280 páginas
  • "Quando se apanha um mentiroso, ele pode perguntar-nos: "e o que é verdade?" E o mais provável é termos de o deixar seguir".
- Escrever‎ - Página 34, Vergílio Ferreira - Bertrand Editora, 2001, ISBN 9722512056, 9789722512053 - 280 páginas
  • "De vez em quando a eternidade sai do teu interior e a contingência substitui-a com o seu pânico. São os amigos e conhecidos que vão desaparecendo e deixam um vazio irrespirável. Não é a sua 'falta' que falta, é o desmentido de que tu não morres".
- Escrever‎ - Página 21, Vergílio Ferreira - Bertrand Editora, 2001, ISBN 9722512056, 9789722512053 - 280 páginas

Pensar

  • "Não se pode verdadeiramente admirar senão quem está longe. Porque só a distância nos garante que não cheire mal da boca".
- Pensar‎ - Página 344, Vergílio Ferreira - Bertrand Editora, 1992, ISBN 9722506706, 9789722506700, 3a. ed. - 373 páginas
- Pensar‎ - Página 160, Vergílio Ferreira - Bertrand Editora, 1992, ISBN 9722506706, 9789722506700, 3a. ed. - 373 páginas
- Pensar‎ - Página 264, Vergílio Ferreira - Bertrand Editora, 1992, ISBN 9722506706, 9789722506700, 3a. ed. - 373 páginas

Conta-Corrente

- Conta-corrente, Volume 3‎ - Página 88, Vergílio Ferreira - Livraria Bertrand, 1981, 2a. ed. - 393 páginas
  • ""Há muitos monumentos ao «soldado desconhecido». Houve mesmo a invocação de um «Deus Desconhecido". Mas não há nenhum altar ao "santo desconhecido" ou uma referência ao "artista desconhecido"."
- Conta-corrente (1980-1981), p. 168, Por Vergílio Ferreira, Publicado por Livraria Bertrand, 1981
- Conta-corrente: 1982-1983‎ - Página 69, Vergílio Ferreira - 1980

Atribuídas

- citado em "Revista internacional de língua portuguesa", Edições 4-7‎ - Página 16, Associação das Universidades de Língua Portuguesa - 1991