Euclides da Cunha: diferenças entre revisões

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* “...se as nações estrangeiras mandam cientistas ao Brasil, que absurdo haverá de encarregar-se de idêntico objetivo um brasileiro?” (carta a José Veríssimo, 24 jun. 1904)
* “...se as nações estrangeiras mandam cientistas ao Brasil, que absurdo haverá de encarregar-se de idêntico objetivo um brasileiro?” (carta a José Veríssimo, 24 jun. 1904)
* “Num país em que toda a gente acomoda a sua vidinha num cantinho de secretaria, ou numa aposentadoria, eu estou, depois de haver trabalhado tanto, galhardamente, sem posição definida! Reivindico, assim, o belo título de último dos românticos, não já do Brasil apenas, mas do mundo todo, neste tempos utilitários! Julgo, entretanto, que hei de arrepender-me muito, mais tarde, desta vaidade...” (carta a Oliveira Lima, 25 maio 1908)
* “Num país em que toda a gente acomoda a sua vidinha num cantinho de secretaria, ou numa aposentadoria, eu estou, depois de haver trabalhado tanto, galhardamente, sem posição definida! Reivindico, assim, o belo título de último dos românticos, não já do Brasil apenas, mas do mundo todo, neste tempos utilitários! Julgo, entretanto, que hei de arrepender-me muito, mais tarde, desta vaidade...” (carta a Oliveira Lima, 25 maio 1908)
* “Quem definirá um dia essa Maldade obscura e misteriosa das coisas, que inspirou aos gregos a concepção indecisa da Fatalidade?” (carta a Vicente de Carvalho, 10 fev. 1909)


==Prefácios==
==Prefácios==

Revisão das 14h11min de 10 de janeiro de 2010

Euclides da Cunha
Euclides da Cunha
Euclides da Cunha
Euclides da Cunha em outros projetos:

Euclides Rodrigues da Cunha (Cantagalo, 20 de Janeiro de 1866 — Rio de Janeiro, 15 de Agosto de 1909), escritor brasileiro. Considerado um dos maiores escritores da literatura brasileira e precursor da sociologia no Brasil, escreveu Os Sertões, Contrastes e confrontos, À margem da história e vários artigos, poemas, cartas, relatórios etc. Foi membro da Academia Brasileira de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.


Os Sertões

Os Sertões (1902), veja (wikisource)
  • “O sertanejo é, antes de tudo, um forte.”
  • “Não é o bárbaro que nos ameaça, é a civilização que nos apavora.”
  • “Estamos condenados à civilização.

Ou progredimos ou desaparecemos.”

À margem da história

À margem da história, veja (wikisource)
  • “Somos o único caso histórico de uma nacionalidade feita por uma teoria política. Vimos, de um salto, da homogeineidade da colônia para o regímen constitucional: do alvará para as leis.” (III, Da Independência à República)
  • “O evangelho fecha-se com a astronomia.” (Estrelas indecifráveis)

Contrastes e confrontos

  • “O verdadeiro Brasil nos aterra; trocamo-lo de bom grado pela civilização mirrada que nos acotovela na rua do Ouvidor...” (Plano de uma Cruzada, II)
  • “Sem este objetivo firme e permanente [de conhecer o interior inóspito] (...), a Amazônia, mais cedo ou mais tarde, se destacará do Brasil, naturalmente e irresistivelmente, como se despega um mundo de uma nebulosa — pela expansão centrífuga do seu próprio movimento.” (Entre o Madeira e o Javari)

Crônica

  • “O lema da nossa bandeira é uma síntese admirável do que há de mais elevado em política.” (O Estado de S. Paulo, série Dia a Dia, 5 abr. 1892)
  • “A nossa nacionalidade atravessa de há muito uma quadra em que o mais difícil problema consiste em harmonizar a vida ao dever.” (Sejamos francos, jornal Democracia, Rio de Janeio, 18 mar. 1890)

Correspondência

  • “É necessário que tenhamos a postura corretíssima dos fortes! Não é invadindo prisões que se castigam criminosos. Nada mais falível e relativo do que esta justiça humana condecorada pela metafísica com o qualificativo de absoluta. Há nos sentimentos que ambos tributamos à República uma diferença enorme: s. ex. tem por ela um amor tempestuoso e cheio de delírios de amante, eu tenho por ela os cuidados e a afeição serena de um filho.” (carta aberta de Euclides ao redator d'O Tempo, 20 fev. 1894)
  • “Então... eu não creio em Deus?! Quem te disse isto? Puseste-me na mesma roda dos singulares infelizes, que usam o ateísmo como usam de gravatas — por chic, e para se darem ares de sábios... Não.” (carta a Coelho Neto, 22 nov. 1903)
  • “...se as nações estrangeiras mandam cientistas ao Brasil, que absurdo haverá de encarregar-se de idêntico objetivo um brasileiro?” (carta a José Veríssimo, 24 jun. 1904)
  • “Num país em que toda a gente acomoda a sua vidinha num cantinho de secretaria, ou numa aposentadoria, eu estou, depois de haver trabalhado tanto, galhardamente, sem posição definida! Reivindico, assim, o belo título de último dos românticos, não já do Brasil apenas, mas do mundo todo, neste tempos utilitários! Julgo, entretanto, que hei de arrepender-me muito, mais tarde, desta vaidade...” (carta a Oliveira Lima, 25 maio 1908)
  • “Quem definirá um dia essa Maldade obscura e misteriosa das coisas, que inspirou aos gregos a concepção indecisa da Fatalidade?” (carta a Vicente de Carvalho, 10 fev. 1909)

Prefácios

  • “[a poesia] É a realidade maior – vibrando numa emoção. Este chão que tumultua, e corre, e foge, e se crispa, e cai, e se alevanta, é o mesmo chão que o geólogo denomina solo perturbado e inspira à rasa, à modesta, à chaníssima topografia, a metáfora garbosa dos movimentos do terreno.”(Prefácio a Poemas e canções, de Vicente de Carvalho)

Sobre Euclides

  • “Euclides da Cunha é um nome sagrado, mestre dos mestres.”
Wilson Martins, crítico literário brasileiro
  • “Quem lê Euclides da Cunha, desde o primeiro momento vê que há dois Brasis: um inclemente, e outro vítima das inclemências.”
Antonio Houaiss, filólogo, linguista e bibliólogo (livro Euclidianos e Conselheiristas: Um Quarteto de Notáveis)