André Viana

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André Viana
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André de Almeida Viana, mais conhecido pelo seu nome artístico André Viana (Pernambuco, 5 de Novembro de 1973) é um músico, compositor, escritor brasileiro.


  • "Antes de mais nada, é bom lembrar que estamos diante de um personagem contraditório. Ao mesmo tempo em que ele trata a psicanálise com escárnio, ele denota um temor profundo do que poderia encontrar caso se submetesse a ela: o famoso medo do desconhecido, que muita gente transforma em ironia como forma de autopreservação. Vale lembrar também que o escárnio com a psicanálise está no início do livro, quando o personagem tenta justificar de saída a conversa que está prestes a começar. Já a ideia de que roteirizar o próprio drama é libertar a vida do que a aprisiona está na segunda carta, no fim do livro. Entre um ponto e outro, podemos imaginar que o personagem passou por um processo transformador de autoanálise. Para ele, contar sua própria história para um colega jornalista, ou seja, roteirizar, dar uma ordem, um sentido ao seu drama, pode ter sido uma forma de libertação. Mas talvez não fosse a única."
-Em entrevista
  • "Embora os livros sempre tenham dominado a cena em casa, graças a meus pais, segui pelo jornalismo porque achava que a literatura já estava dominada na família. Quando descobri que tinha fôlego para escrever algo maior que uma reportagem, optei pelo romance porque achava que o conto já estava dominado na família. Gosto do tempo no romance, do espaço ampliado para desenvolver uma personagem ou uma história. Nunca digo que dessa água não beberei, mas por enquanto deixemos o conto com o mestre."
-Em entrevista
  • "No jornalismo como na ficção, tudo é personagem. O personagem é um ponto de vista sobre o mundo, não necessariamente o mesmo do autor, que nada mais é do que outro personagem, assim como o leitor, ou a natureza, ou Deus. Se tudo é personagem, vida e arte não se imitam: elas são uma coisa só. O que, claro, não nos torna menos real. Ao contrário. Sendo assim, a primeira ajuda que o jornalismo pode dar ao escritor seria a colheita de histórias reais para serem posteriormente trabalhadas como ficção. A segunda contribuição seria a rapidez. No jornalismo, o tempo e o espaço reduzidos não permitem volteios. É preciso ser claro em cada frase, na escolha de cada palavra, e isso também vale para a literatura. O texto precisa ter um imã em cada frase, caso contrário o leitor derrapa para fora do livro. Mas é bom lembrar que não é preciso passar pelo jornalismo para ser um bom escritor. Já o contrário é impossível. A literatura é incontornável na formação de um bom jornalista."
-André Viana Em entrevista a Thiago Barbosa, G1, publicado em 05/08/2015
  • "Tem muita coisa boa sendo escrita hoje. Escritores novos como Daniel Galera, Michel Laub e Vanessa Bárbara já têm livros sólidos na praça. Em relação ao estilo, trata-se de uma construção lenta. Acho que ainda estou bem no início para cravar desde já um estilo na minha escrita. Deixemos andar para ver se a tal aposta vinga ou se dá em água. Quanto aos escritores que me formaram, Antonio Carlos Viana é, inevitavelmente, um deles. Mas cada época da vida tem seu autor ou seus autores. Posso citar vários nomes que foram importantes para mim em algum momento, como leitor mais do que como escritor: Cortazar e seus volteios, João Cabral e sua secura, Drummond e seu lirismo cotidiano, Thomas Bernhard e seus fatalismos. Houve um tempo em que eu vivia com Pedro Páramo, de Juan Rulfo, debaixo do braço. Como jornalista, devo muito a Humberto Werneck, com quem trabalhei na revista Playboy logo que cheguei a São Paulo, em 1997. O convívio na redação se estendeu para o campo da amizade. Aprendi e aprendo sempre com ele, seja em conversas, seja em livros seus como O Santo sujo e O Desatino da Rapaziada."
-Em entrevista
  • " O que eu espero mesmo é estar vivo, com saúde e ter arrematado alguma Mega-Sena da virada. Nessa conjuntura, provavelmente estarei comiserando com outros personagens que vier a criar, o que quer dizer ao menos mais um livro na praça até lá."
- Em entrevista
  • "Lida ou escrita, a ficção sempre vai ser salvação."
-Em entrevista