Marcelo Nova

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Marcelo Drummond Nova (nasceu dia 16 de agosto de 1951, em Salvador - Bahia, Brasil). Foi vocalista da banda baiana de punk rock Camisa de Vênus, no início dos anos 80. Em 1997 inicia carreira solo.



  • "A grande maioria dos artistas vêem a arte como um veículo para atingir objetivos pessoais."
- sobre os artistas que não lutam contra o conformismo.
  • "Eu e Raulzito estávamos absolutamente desiludidos com este país. Por exemplo, nós fomos fazer um entrevista no Jô Soares Onze e Meia e fui censurado pelo Sr. Jô Soares porque citei nomes de pessoas da Rede Globo que queriam acabar com o Camisa de Vênus. Hoje, o Camisa é uma banda extinta, mas, naquela época, a gente estava dando um pontapé na canela de um esquema que não estava habituado a levar sequer um beliscão. E a gente quem era? Cinco baianos que foram de ônibus da viação São Geraldo para São Paulo e comiam sanduíche no almoço! Eu falei na entrevista que o Camisa de Vênus era um nome proibido, que foi proposta a mudança de nome da banda, que o Sr. Heleno de Oliveira e o Sr. João Araújo decidiram tirar o nosso disco de catálogo e nos mandaram embora, e o Sr. Jô Soares me censurou. Esta parte da entrevista não foi para a edição final. Então, eu pergunto: como é que um cara que faz esse papel de liberal vem me censurar? Este é um país assim, em que as pessoas posam de liberais, mas censuram."
  • "Um artista que, em vida, fazia questão de polemizar e desprezar o insosso "novo rock brasileiro" e por ele era ignorado. Agora, quase três anos após sua morte, alguns dos "artistas" que o "homenageiam" mal conhecem o trabalho dele, mas parecem "topar tudo" por dinheiro. Não se deixe enganar e vá ao original."
- sobre Raul Seixas.
  • "Prefiro fazer o primeiro show, pois fico livre logo de ouvir os outros grupos. Tenho mais o que fazer em casa: é aniversário da minha mulher."
- sobre um show que faria junto com Barão Vermelho e Kid Abelha.
  • "A gente ficou oito anos sem gravar, quem sabe não ficamos outro tempo e voltamos? O Camisa é nosso patrimônio."
- falando sobre uma possível volta do Camisa de Venus.
  • "Eu não entendo bem qual é a ligação do Raul com uma escola de samba. Passei um carnaval com ele e me lembro de que ele preferiu ficar trancado em casa por quatro dias, ouvindo Elvis Presley. Não dá pra entender como o cerne da obra do cara, o questionamento de tudo e de todos, acabou perdido em algum ponto."
  • "Na música, tínhamos como exemplo de popularidade e calor artístico o Renato Russo. Hoje temos o Salgadinho!!"
- sobre a situação atual da música brasileira
  • "A grande maioria dos artistas vêem a arte como um veículo para atingir objetivos pessoais."
- sobre os artistas que não lutam contra o conformismo
  • "É um negócio. Desinformado, desestruturado, sem autenticidade, sem gana, sem garra, sem coração, sem caráter também. Quem faz rock no Brasil, hoje, são as bandas que estão na garagem, aquelas que querem se expressar e são totalmente bloqueadas pela mídia eletrônica. Se esses caras não conseguirem fazer nada, não vão ser os Inimigos do Rei ou Nenhum de Nós que vão fazer, com toda certeza. A que ponto chegou o rock brasileiro...."
- sobre o rock nacional
  • "Um artista que, em vida, fazia questão de polemizar e desprezar o insosso novo rock brasileiro e por ele era ignorado. Agora, quase três anos após sua morte, alguns dos artistas que o homenageiam mal conhecem o trabalho dele, mas parecem topar tudo por dinheiro. Não se deixe enganar e vá ao original."
- sobre Raul Seixas
  • "Não teve artista no enterro de Raul Seixas. Nós sempre estivemos à margem e carregávamos isso com muito orgulho, por não fazer parte dessa corja, dessa panelinha, desse oba-oba, desse puxa-saquismo, dessa coisa de profissionalismo institucionalizado, que obriga você a ser gentil, cortês, educado para receber favores em troca de seu bom comportamento. A gente nunca se submeteu a este tipo de postura. Isso é romântico, caramba! Fizemos cinqüenta shows, fomos assistidos por duzentas mil pessoas e não tivemos uma matéria na Rede Globo. Mas as casas, os auditórios estavam sempre cheios de pessoas para ouvir o que tínhamos a dizer. Então, este orgulho romântico, ingênuo, se justifica na medida em que nós conseguimos usar a espada de Ivanhoé contra o raio laser do sistema. A gente não queria conquistar o mundo, sabíamos de nossas limitações e do nosso lugar. Isso também é muito importante, porque a coisa do sucesso nunca embriagou Raul. Ele se embriagava, mas não de sucesso... E nem embriagou a mim."
  • "O Kurt Cobain faz falta pra filha dele! Quando ele deu um tiro na cabeça não deu pra congelar a imagem e transformá-la em símbolo de rebeldia."
  • "Não tenho nenhuma identificação com a música, o visual e o comportamento do baiano."
  • "Depois que o Raul morreu, as pessoas resolveram me eleger seu herdeiro. Cansei de ser chamado para homenagens e shows em que eu seria o mestre-de-cerimônias. Nunca participei de coisas desse tipo. E antes dele morrer, não importa em que lugar do Brasil estivéssemos eramos o porra-louca do Marcelo Nova e o cachaceiro do Raul."
  • "Eu não tenho imóvel, não tenho carro. Tenho discos. Não gosto de forró. Gosto de Genival Lacerda. Porque é escroto e me cita."
  • "Na verdade, eu sempre fui um cara bem-humorado. Mas algumas coisas não dá pra levar a sério, como essas bandas que pretendem fazer rock de vanguarda."
  • "O que eu ia fazer lá? Não curto samba, não bebo cerveja nem gosto de travesti. Sou um cara das antigas, respeito a tradição dos rockers."
- dizendo porque não foi ao desfile da escola de samba que fez homenagem a Raul Seixas
  • "Quando ele era vivo era chamado de inconveniente. Raul morreu e o que era ofensivo passou a ser curioso e maluquice beleza. Só que o Raul não está mais aqui pra mijar no pódio dos cachorros de raça, como costumava fazer."
- falando sobre as homenagens feitas a Raul Seixas
  • "O dinheiro nunca foi fator primordial pra minha carreira. Precisar de grana todo mundo precisa. Mas vivo há quinze anos de música, nunca fui a sensação do verão e de Nova só tenho o nome."
  • "Essa história de presidentes e estilo musical é engraçada. Na época do Collor, no início dos anos 90 começou essa história de sertanejo, depois com o Fernando Henrique veio esse negócio de axé e agora com o Lula tá aparecendo o quê? Tati Quebra-Barraco!"
- sobre os 'modismos' musicais