Elizabeth Gould Davis

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Elizabeth Gould Davis
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Elizabeth Gould Davis (19101974) foi uma bibliotecária norte-americana que escreveu o livro feminista The First Sex.


Obras[editar]

The First Sex[editar]

  • "A história registrada começa com uma revolução patriarcal. Deixe-a continuar com a contra-revolução matriarcal que é a única esperança para a sobrevivência da raça humana."
    • The First Sex, p. 18 - Introdução (1971).
  • "Os órgãos reprodutivos das mulheres são muito mais antigos que os dos homens e muito mais altamente evoluídos. Mesmo nos mais baixos mamíferos, assim como nas mulheres, os ovários, útero, vagina, etc., são semelhantes, indicando que o sistema reprodutor feminino foi uma das primeiras coisas aperfeiçoadas pela natureza. Por outro lado, os órgãos reprodutivos masculinos, os testículos e o pênis variam tanto entre espécies e através do curso da evolução quanto o formato do pé — do casco à pata. Aparentemente, então, o pênis masculino evoluiu para servir à vagina, não a vagina para servir ao pênis."
    • The First Sex, capítulo 1 (1971).
  • "Provas de que o pênis é um desenvolvimento muito posterior à vulva feminina são encontradas na evidência de que o próprio macho é uma mutação tardia da criatura feminina original. Pois o homem é uma fêmea imperfeita. Geneticistas e fisiologistas nos dizem que o cromossomo Y que produz machos é um deformado e quebrado cromossomo X — o cromossomo feminino. Todas as mulheres têm dois cromossomos X, enquanto o macho tem um X derivado de sua mãe e um Y de seu pai. Parece bastante lógico que este pequeno e torcido cromossomo Y é um erro genético — um acidente da natureza, e que originalmente havia somente um sexo — o feminino."
    • The First Sex, capítulo 1 (1971).
  • "A reprodução assexual das fêmeas, partenogênese, não é só possível mas ainda ocorre aqui e ali no mundo moderno, talvez como uma sobrevivência atávica do outrora único meio de reprodução em um mundo todo feminino."
    • The First Sex, capítulo 1 (1971).
  • "A ideia de autoridade feminina está tão profundamente fixada no subconsciente humano que mesmo depois de todos estes séculos de direitos do pai o filhinho instintivamente considera a mãe como a autoridade suprema. Ele olha para o pai como igual a ele mesmo, igualmente sujeito à regra da mãe. As crianças têm que ser educadas para poder amar, honrar, e respeitar o pai, uma tarefa usualmente adotada pela mãe."
    • The First Sex, capítulo 7 (1971).
  • "Nas sociedades civilizadas atualmente ... a inveja do clitóris, ou inveja do útero, toma formas sutis. A necessidade constante do homem de depreciar a mulher, de humilhá-la, de negá-la direitos iguais, e de diminuir suas façanhas — todas são expressões da sua inveja e medo inatos."
    • The First Sex, capítulo 9 (1971).
  • "Não é com os homens que a maioria das mulheres se preocupam quando elas se levantam em defesa ao status quo. Seu aparente endosso à supremacia masculina é, antes, um esforço patético por auto-respeito, auto-justificação, e auto-perdão. Depois de mil e quinhentos anos de sujeição aos homens, as mulheres Ocidentais acham quase insuportável encarar o fato de que têm sido enganadas e escravizadas por seus inferiores — que o senhor é menos que a escrava."
    • The First Sex, capítulo 21 (1971).
  • "O fato é que os homens necessitam das mulheres mais do que as mulheres necessitam dos homens; e então, ciente deste fato, o homem tem procurado manter a mulher dependente dele economicamente como o único método disponível para ele fazer-se necessário para ela. Como no início a mulher não se tornaria sua escrava voluntária, ele tem feito ao longo dos séculos uma sociedade na qual a mulher deve servi-lo para sobreviver."
    • The First Sex, capítulo 22 (1971).
  • "Os Homens insistem que não se importam que as mulheres sejam bem sucedidas contanto que elas conservem sua "feminilidade". No entanto, as qualidades que os homens consideram "femininas": timidez, submissão, obediência, tolice, e auto-depreciação — são exatamente as qualidades mais garantidas para assegurar a derrota da mais talentosa aspirante."
    • The First Sex, capítulo 22 (1971).
  • "Para masculinistas de ambos os sexos, "feminilidade" significa tudo o que os homens têm embutido na imagem feminina nos últimos séculos: fraqueza, imbecilidade, dependência, masoquismo, insegurança, e uma certa sexualidade "bonequinha" que é na verdade apenas uma projeção dos sonhos masculinos. Para "feministas" de ambos os sexos, feminilidade é sinônimo do eterno princípio feminino, conotando força, integridade, sabedoria, justiça, confiança, e um poder psíquico estrangeiro e portanto perigoso para os laboriosos masculinistas de ambos os sexos."
    • The First Sex, capítulo 22 (1971).
  • "A erroneamente chamada mulher "feminina", tão admirada pelo seu criador, o homem — a mulher que é complacente com sua inferioridade e que tem engolido a imagem que o homem fez dela como sua "ajudante" ordenada e nada mais — é, na realidade, a mulher "masculina". A mulher verdadeiramente feminina não pode deixar de se inflamar com a raiva interior que vem de ter que se identificar com a imagem negativa dela feita por seu explorador, e ter que se conformar à ideia de seu perseguidor da feminilidade e suas limitações decretadas pelo homem."
    • The First Sex, capítulo 22 (1971).
  • "O Homem é por natureza um materialista pragmático, um mecânico, um amante de equipamentos e engenhocas; e estas são as qualidades que caracterizam o "estabelecimento" que regula a sociedade moderna: pragmatismo, materialismo, mecanização, e aparelhagem. A Mulher, por outro lado, é uma idealista prática, uma humanitária com um forte senso de nobreza obrigatória, uma altruísta em vez de capitalista."
    • The First Sex, capítulo 22 (1971).
  • "Na nova ciência do século XXI, não a força física, mas a força espiritual vai liderar o caminho. Dons mentais e espirituais serão mais necessários do que dons de natureza física. A percepção extra-sensorial terá prioridade sobre a percepção sensorial. E nessa esfera a mulher voltará a predominar. Ela, que foi venerada e adorada pelo homem primitivo por causa de seu poder de ver o invisível será mais uma vez o eixo — não como sexo, mas como mulher divina — sobre o qual a próxima civilização, como antigamente, girará."
    • The First Sex, capítulo 22 (1971). Este é o último parágrafo de seu livro, que explicou a tese de que as mulheres eram originalmente o sexo dominante e superior.

Sem fontes[editar]

  • "Porque admiram os músculos e a força física, os homens acreditam que as mulheres têm igual admiração."
    • Elizabeth Gould Davis
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