Elisa Lucinda

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Elisa Lucinda dos Campos Gomes (Vitória, Espírito Santo; 2 de fevereiro de 1958) é uma poeta, escritora, jornalista e atriz brasileira.



  • "As pessoas aqui no Espírito Santo acham chiquérrimo dizer: Eu sou descendente de alemão, eu sou descendente de italiano. Eu acho chiquérrimo ser descendente de negros."
- ("O Espírito Santo de Elisa Lucinda", Programa Expresso Brasil, TV Cultura, 2006)
  • "O Espírito Santo para mim é uma emoção, uma bênção. Tenho orgulho de ser capixaba e vontade de dar uma surra de coentro nos conterrâneos que escondem ou renegam a sua origem."
- (Revista Século Diário, 2001)
  • "Quando digo eu sou capixaba, noto que a maioria não sabe o que quer dizer, mas não fico brava e explico logo o significado da palavra. Muita gente acha que o capixaba é uma espécie de mineiro ou de baiano, ou não tem idéia do que seja. Mas isso é porque o Espírito Santo é um segredo que o Brasil ainda não conhece – e por isso faço questão de falar sobre a minha terra em cada show."
- (Revista Século Diário, 2001)
  • "Eu acho maravilhoso ser negra de olhos verdes, mas ser negra, no Brasil, é o mais cruel de todos [entre ser negra, mulher e artista]. Mais do que ser mulher. Eu acho filha da putice o racismo brasileiro. Cínico. É só olhar na televisão que você vê, quantas novelas você viu que a mocinha é negra? Nenhuma, e nós estamos no Brasil! E o mocinho, o príncipe encantado dela é um negro? Não tem, porquê? Eles não respondem. Você vai pedir pra fazer uma novela e eles respondem “ah, não tem papel para negro”, porque não é novela de época, não tem escravo, não tem. Então, isso é Brasil. Eu tenho nojo. Eu tenho nojo, e tenho uma atitude muito..."
- Em entrevista ao sítio web Bolsa da Mulher.
  • De tanta noite que dormi contigo
no sono acordado dos amores
de tudo que desembocamos em amanhecimento
a aurora acabou por virar processo.
- Amanhecimento
  • Moço, cuidado com ela!
Há que se ter cautela com esta gente que menstrua...
- Mulher e literatura: trabalhos apresentados no VII Seminário Nacional - página 564, Livia de Freitas Reis, Lúcia Helena Vianna, Maria Bernadette Porto - Editora da Universidade Federal Fluminense, 1999, ISBN 8522802904, 9788522802906 - 791 páginas
  • Estou virando uma menina
tornada mulherinha
com tanta coleirinha
de maturidade
ainda assim me sinto parida agora
tenra, maçã nova
nova Eva novo pecado.
- O Amor de Dudu nas Águas
  • O Deus da parecença
que nos costura em igualdade
que nos papel-carboniza
em sentimento
que nos pluraliza
que nos banaliza
por baixo e por dentro,
foi este Deus que deu
destino aos meus versos
- O POEMA DO SEMELHANTE in: 50 poemas escolhidos pelo autor - página 19, Volume 14 de Coleção "50 poemas escolhidos pelo autor", Edições Galo Branco, 2004, ISBN 8586276669, 9788586276668, 122 páginas
  • "A grandeza de um céu estrelado está presente no cotidiano das pessoas; minha poesia fala do cotidiano, sim, pois para mim os sentimentos mais profundos, alegres ou tristes, podem ser traduzidos de forma cotidiana e simples"
- citado por Arnaldo Nogueira Jr em Releituras